Há cerca de 2.500, nasceu Siddhartha Gautama, filho único do grande rei Sudodana e da bela rainha Maya de Kapilavasthu, no norte da Índia, próximo ao atual Nepal . Lá vivia o clã dos Sakyas.
De acordo com os costumes da época, uma mulher que estivesse para ter um filho deveria retornar à casa dos pais.
Durante a viagem, a comitiva parou num jardim chamado Lumbini para um breve descanso. Mas, enquanto a rainha repousava embaixo de uma árvore começou sentir dores e entrou em estado de parto. Em seguida deu à luz a um belo menino.
Uma semana após o nascimento do príncipe, sua mãe, a rainha Maya adoecia e morria. A partir daí o menino passaria a ser criado pela Princesa Prajapati.
Os pais lhe deram o nome de Siddharta Gautma. Siddharta significa "desejo satisfeito".
Siddhartha foi um menino como outro qualquer, cheio de energia e ambição. Recebeu a melhor educação possível na época, por ser o príncipe herdeiro. Dentre os cavaleiros, era o melhor, excelente arqueiro e lutador, bem como gênio mental.
Ao crescer, interessou-se em descobrir a causa de todos os sofrimentos da vida. Perdeu o interesse pelos esportes e pela política e, apesar do pedido do pai, para que assumisse o trono, abandonou o belo palácio paterno e tornou-se um buscador da verdade. Tinha então 29 anos.
Percorreu todo o país nos seis anos seguintes, procurando mestres e ensinamentos através dos quais pudesse resolver os muitos problemas da vida. Primeiro, foi aos brânames e tentou, com sua filosofia, resolver os problemas humanos. Depois estudou com um grupo de ascetas, adotando sua vida severa e contemplativa. E assim ele prosseguiu, durante seis anos, estudando todas as escolas de religião e filosofia; inutilmente, no entanto. Nenhuma daquelas escolas lhe oferecia uma resposta satisfatória.
Certo dia, depois de banhar-se nas águas do Nairanjana, sentou-se sob uma figueira e meditou, e ali, após aqueles anos de observação e experiência, finalmente descobriu a verdade, alcançou a iluminação e chamou a si mesmo de Buda. Tinha então 35 anos. Até aquele momento, o príncipe Sidarta não era Buda.
"Buda" é um termo sânscrito que significa "O Iluminado". Buda não foi uma divindade, nem qualquer espécie de deus, nem um profeta como há em muitas outras religiões. Buda foi um homem que encontrou a verdade e viveu a verdade.
Buda viveu até os 80 anos e, assim, durante quarenta e cinco anos, ensinou o caminho de vida que ele próprio encontrara. Foi um filósofo, psicólogo e líder espiritual prático e realista. Foi o primeiro a negar o sistema de castas, dizendo que um homem deve ser julgado por suas qualidades e não por seu nascimento. Portanto, contra o forte conformismo de sua época, foi corajoso o bastante para denunciar o rígido sistema de castas da Índia. Foi contra os complexos rituais religiosos daqueles dias; aboliu os conceitos antropomórficos e não acreditava na idéia dualística de um eu ou alma independente, enquanto entidade separada. Explicou que todas as coisas estão relacionadas umas às outras pela Lei de Causa e Efeito.
Fonte: http://www.rkk.org.br
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